4/1/2017 - Osasco - SP

Lins prioriza saúde e anuncia medidas emergenciais na Maternidade Amador Aguiar

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Osasco

Uma visita à Maternidade Amador Aguiar deu conta de colocar o prefeito de Osasco, Rogério Lins, que acaba de assumir a administração, da atual situação da unidade. 

Na manhã de segunda-feira, ele se reuniu com o superintendente do hospital, dr. Egídio Malagoli Neto.

Este foi o primeiro ato oficial de Lins como prefeito de Osasco. O prefeito tomou ciência de que desde o dia 31 de dezembro não havia médico na unidade. 

Os profissionais da maternidade assinaram uma carta orientando a população a procurar outros hospitais por causa, principalmente, do corpo técnico reduzido para atender a demanda de Osasco. Foi registrado um boletim de ocorrência e algumas alas da maternidade foram fechadas para novos atendimentos naquela ocasião.

“Minha primeira atitude como prefeito foi tomar pé dessa situação, porque a Saúde não pode esperar nem por um minuto”, disse o prefeito. Já com a maternidade reaberta, Lins pediu um levantamento que apontou que, somente na área clínica, faltam mais de 120 médicos na Amador Aguiar.

Ele explicou que a situação se agravou no final de 2016 porque um processo seletivo realizado em outubro foi cancelado pelo ex-prefeito, impedindo a contratação de novos médicos. “Em virtude da urgência estamos estudando se, juridicamente, esse processo pode ser reaberto ou retomado”, explicou.

Outra linha adotada para resolver o problema é interromper férias e licenças concedidas, mas essa iniciativa também precisa ser estudada judicialmente, o que já está sendo feito pela equipe técnica da prefeitura.

O prefeito ainda explicou que estaria disposto a propor que os funcionários trabalhassem em regime de horas extras, mas foi informado, de antemão, que terá dificuldade em conseguir essa colaboração uma vez que os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem já trabalhavam nesse sistema mas deixaram de receber pelas horas extras trabalhadas. “Infelizmente há um clima de descredibilidade porque o funcionalismo, em geral, sofreu com essas questões, mas agora é uma outra realidade. Nossa administração prioriza a Saúde e sabe que ela depende do bom funcionário para funcionar, por isso vamos tratar isso com muito cuidado”.

Rogério Lins tomou conhecimento, ainda, de que alguns serviços estão parados, como os exames de Colposcopia, por exemplo, realizado pela Casa da Mulher, por causa da falta de Lugol, um ácido utilizado na cauterização da lesão causada pelo exame. Cirurgias de vasectomia estão com fila de espera desde agosto, o que infringe a Lei de Planejamento Familiar, que dá 60 dias de prazo para que o procedimento seja feito após a recomendação.

Outros problemas, como máquina de Raio X quebrada e falta de respiradores nas UTIs também foram relatados, e para este último, o prefeito orientou que a empresa fornecedora fosse imediatamente acionada para retomar o envio do equipamento. Lins também quer saber sobre a denúncia de que grandes volumes encaixotados foram retirados da maternidade e pediu um inventário de todos os equipamentos que o hospital tem. “Vamos averiguar essa denúncia e punir os responsáveis, se for o caso”.

Por hora, a principal urgência, que era retomar o atendimento, foi sanada. A maternidade atendeu com cinco médicos obstetras durante o dia e à noite, atenderá com três, o que representa uma equipe completa. “Vamos resolver isso definitivamente. Contrataremos novos profissionais com a maior urgência possível, respeitando os limites da lei. Estamos estudando qual o caminho legal mais curto para que esses profissionais comecem a trabalhar imediatamente”. 

O prefeito disse que o problema não é pontual, e citou como exemplo o caso da UPA Conceição que hoje deveria operar com um quadro de 18 funcionários da área de enfermagem, mas que só abriu com quatro enfermeiros.