20/6/2016 - Osasco - SP

Simpósio recebe mais de 300 participantes para debater os caminhos da educação

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Osasco

Mais de 300 pessoas participaram nesta quarta-feira (15/6), na sala Osasco, do II Simpósio Regional de Educação Ambiental, que trouxe como tema central “Conhecer, compartilhar e inovar”.

O objetivo do encontro, além de partilhar diferentes experiências (pedagógicas, acadêmicas, sociais e políticas), foi pensar soluções viáveis para o enfrentamento dos problemas ambientais na região.

Anfitriões do encontro, o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, e o secretário de Meio Ambiente Carlos Marx, destacaram o número significativo de inscrições e de trabalhos ressaltando a relevância e a força das ações de cada município.

O prefeito de Osasco reforçou a necessidade de acelerar os trabalhos de tratamento de esgoto na região. “Os grandes problemas ligados ao meio ambiente estão relacionados aos resíduos sólidos e a falta de saneamento. O flutuador da TV Globo, no rio Tietê, passou por nossa região e isso ajudou a mobilizar os prefeitos a pensar e buscar soluções regionais. Precisamos avançar na questão da destinação do lixo com a ajuda tecnológica para reduzir seu volume de resíduos, estimular a reciclagem e ajudar as cooperativas”, sintetizou.

Carlos Marx destacou as ações da prefeitura voltadas ao meio ambiente. “O ano de 2016 é o ano da educação ambiental em Osasco. Estamos abrindo mais três núcleos de educação ambiental. Um deles em carreta de 12m de comprimento, que percorrerá os bairros, semanalmente. O prefeito Lapas preparou a base para o Horto Florestal, na zona Norte, que terá um núcleo de educação ambiental voltado para a pesquisa científica da Mata Atlântica. Elaborados por técnicos da prefeitura, os planos municipais de saneamento e de gestão de resíduos sólidos foram aprovados pela Câmara Municipal e vão permitir um grande avanço nas áreas”, disse o secretário.

Os secretários municipais dos municípios envolvidos diretamente na organização do simpósio enalteceram os trabalhos e debates.

Aparecido Pires de Castro, secretário de Meio Ambiente de Barueri, destacou a oportunidade das cidades apresentarem trabalhos que trata de temas como alimentos, água, proteção animal, reciclagem. “São tantos os desafios, mas o educador é aquele que é persistente e não desanima. É assim que temos de ser para crescermos na região”.

Para Luciane Alegre, secretária de Meio Ambiente de Cotia “O mais importante é a troca de experiência, e o empenho de todos nas iniciativas de preservação ambiental”.

Tiago Bento Leite, secretário de meio ambiente de Jandira, falou sobre a importância e a responsabilidade que os educadores e as cidades têm para desenvolver iniciativas voltadas para a melhoria da vida da população e para preservar o meio ambiente.

Fausto Luis, da prefeitura de Santana de Parnaíba agradeceu a participação no vento e abriu o convite para que o próximo simpósio seja realizado em Santana. “Que estejamos abertos para as atividades de aprendizagem. Gostaríamos que o próximo simpósio fosse realizado em nossa cidade”, disse.

“O tema central das nossas discussões hoje é conhecer, compartilhar e inovar. Que saiamos daqui renovados com o espírito do tema do simpósio”, comentou Denilson Rodrigues Batista.

Gilson Ferreira, coordenador de Educação Ambiental do Estado de São Paulo, destacou as cidades sustentáveis e as construções coletivas do conhecimento, das pesquisas e das ações.

Representando a cidade de Itapevi, Fernanda Vieira trouxe o abraço do Evangelista Limas, secretário de Meio Ambiente da cidade.

Ciclo de Palestras

O engenheiro agrônomo Luiz Antonio Ferraro Jr. e Philippe Layrargues, professor adjunto do curso de Gestão Ambiental da UNB, palestraram no evento. A primeira palestra abordou o tema “5 histórias e 5 estratégias para compreender e superar as armadilhas e obstáculos da agenda ambiental”. A segunda temática foi “Macrotendências político-pedagógicas da Educação Ambiental”.

Para Ferraro, o processo de degradação profunda do meio ambiente está ligado ao tempo. “Não estamos evoluindo e avançando na agenda ambiental quanto deveríamos. Para que isso aconteça é preciso compreender o envolvimento da sociedade em políticas públicas e, assim, será possível melhorar os espaços de participação que são fragilizados”, disse.

Para ele há equívocos na agenda verde como as unidades de conservação e florestas. “A educação ambiental deve se revolucionar totalmente. Para isso, deve-se investir em comunicação ambiental, oferecer e fortalecer alternativas populares relacionadas ao meio ambiente, formação de quadros e inversão de controle ambiental. A qualidade do meio ambiente está ligada à democracia, justiça e igualdade”, disse o especialista.

O palestrante Philippe Layrargues, falou sobre as mudanças necessárias para a construção de bases sólidas para a educação ambiental.

Segundo o pesquisador, sob a perspectiva ambiental a pergunta que devemos fazer é “Que planeta vou deixar para as futuras gerações?”. Na perspectiva educativa a pergunta é “Que crianças vamos deixar para o Planeta?

“A propaganda do consumo gera lixo em proporções crescentes. Por isso, a importância em trabalhar o socioambiental com catadores, cooperativas. Os resultados da educação ambiental dependem da nossa intencionalidade e onde quero chegar com essa educação ambiental no cotidiano”, disse.

O Segundo Simpósio Regional de Educação Ambiental, reuniu na Sala Osasco, espaço anexo ao Paço Municipal, 40 trabalhos em formato banner e vários artigos sobre o tema. 

Segundo Amanda França, coordenadora da Sema Osasco, as apresentações dos palestrantes serão enviadas por e-mail aos participantes do evento. O resultado das discussões sobre os trabalhos das salas temáticas também será apresentado em um relatório final posteriormente analisado pelos municípios envolvidos, afim de aplicar as conclusões em métodos de trabalho.